04/07/2011 21:31

Estude sempre e seja um educador

Muito se fala e pouco-se faz! O mundo precisa de pensadores! Seja um educador! Acredite, você, que está lendo este post, é o PIB intelectual deste país. Ensine! Compartilhe! Mude a nossa realidade!

Já colaborei em sala de aula com quase 3.000 alunos. Domingo, recebi uma carta fantástica. Toda semana recebo um muito obrigado, um livro com uma dedicatória carinhosa, uma mensagem digital dizendo que minhas aulas e palestras ajudaram a vida de outro. Eu sempre me emociono, sempre meus olhos marejam. Sempre choro.

Todos são unânimes precisamos ingressar na educação do século XXI. O que devemos aprender antes de ensinar. Reflita;

  • Com problemas globais, precisamos ensinar globalmente.
  • O Conteúdo deve ser aberto/livre – quanto mais conteúdo na web mais alunos na sala de aula.
  • Instituições globais licenciam seu conteúdo para a web utilzando Creative CommonsAtribuição-Alike-Non-Commercial License. Isso significa que os professores e os alunos são capazes de compartilhar e remixar o conteúdo que está disponível.
  • Poder aos educadores: As escolas devem capacitar e oferecer aos educadores as ferramentas necessárias para divulgar os materiais de ensino a nível mundial.
  • Fornecer conteúdo de grande valor: quer saber mais sobre um determinado tópico? Quer ver o que os professores das instituições de primeira linha ensinam em uma classe em astrofísica, cálculo, engenharia?
  • Capacitar alunos em atividades intelectuais, sem ter que se preocupar apenas com pré-requisitos, vestibular e assim por diante.
  • Oferecer aprendizado para a vida toda: Estudantes independentes e globais que não estão buscando um determinado grau, ou formação, mas estão comprometidos com a aprendizagem ao longo da vida.
  • Reforçando a experiência universitária: as universidades podem postar seus conteúdos online visando mostrar também como é a experiência de estudar lá e que a vivência do campus universitário vale a pena ser paga.
  • Sair do espaço concreto e das aulas cronometradas.
  • Educação em rede em uma sociedade em rede
  • Crowndsourcing e crowndfunding para pagar estudos de pessoas carentes e brilhantes
  • A força dos aplicativos e dos games na educação
  • A aprendizagem não é um ato solitário

Inovação na Educação na Era das Mídias Sociais Vou compartilhar algumas iniciativas em educação da sociedade em rede e nas midias sociais com pitadas de inovação digital, jogos sociais, educação sem fronteiras, Crowndfunding e finaciamento coletivo, sociedade em rede. crondsourcing, games educacionais, a nova sala de aula

Democratizar a educação.

MIT OpenCourseWare liberou na Internet mais de 2.000 cursos – videoaulas, estudos, exercícios, provas, listas de leitura,

cobertura de eventos e palestras foi o pontapé da democratização da educação através da tecnologia. Desde então, mais de 100 milhões de pessoas acessaram o MIT OpenCourseWare. E você?

Várias universidades seguiram o exemplo do MIT como Brigham Young University, Carnegie Mellon University, UC Berkeley, Notre Dame e UC Irvine – e isso é só nos Estados Unidos.

 

Estatísticas do MIT OpenCourseWare mostram que menos de 1% de quem acessa o conteúdo da universidade está realmente fazendo isso a partir do campus MIT. E quase 60% dos visitantes do site estão fora dos EUA.

Jogos sociais para educação

iCivics: um jogo online que ensina técnicas de argumentação aos jovens e estimula o pensamento crítico.

 

Tem por objetivo insipirar os jovens a ganharem discussões sobre assuntos que os interessam, fazê-los praticar a cidadania e conhecer mais sobre política.

Crowndfunding – finaciamento coletivo

Enzi plataforma conecta potenciais estudantes à investidores

Os investidores-anjos oferecem um empréstimo para que estes jovens talentos frequentem o ensino superior. Como aqueles que investem em empresa, estes também recebem retorno e reembolso, assim que os estudantes começarem a gerar renda.

ScholarMatch: platarforma online ajuda estudantes americanos a conseguirem doadores que paguem a universidade

O estudante beneficiado deve mandar relatórios mensais sobre suas notas e progresso nos estudos, para manter o doador atualizado.

Plataformas coletivas

OpenStudy, um projeto que surgiu da Georgia Tech e Emory University é uma rede de aprendizagem social que suporta com recursos educacionais abertos.

O meu exemplo no Brasil

Hoje, organizo um Grupo de Estudos chamado “Inovadores ESPM” mensalmente discutimos a Sociedade em rede, Economia criativa, Redes sociais, inovação digital e outros assuntos lançados pelos mais de 400 membros. São pessoas da USP, Metodista, PUC, Unicamp todos com um único objetivo estudar e gerar novas formas da economia. Participe aqui

Desconferência que faço aos Domingos no Jardim Botânico para meus alunos e convidados – para muitos – é melhor aula. Todos falam, todos ouvem e todos aprendem. Veja mais detalhes aqui

Minha apresentação “Escolas do século XX, pessoas do século XXI”

Educação em tempos digitais por Gil Giardelli

Sociedade em rede

Souempresário um lugar para pessoas discutirem os novos caminhos do empreendedorismo na era digital.

A força dos games educacionais

iCam: sistema de games online para educar crianças. Os jogos são educativos e oferecem interação também através da webcam e controles como direção de carro. São mais de 100 jogos disponíveis para download.

A nova sala de aula

London School of Business and Financeanunciou que quer facilitar o acesso à educação de qualidade. Sem custo, qualquer estudante com um computador conectado pode se cadastrar para as aulas no Facebook, e só pagar se decidirem usar o curso como créditos para a faculdade. No Facebook, terão aulas em vídeo e grupos de discussões, tudo acessível se você “curtir” a página.

Notre Dame lançou a primera aula ensinada usando um iPad e materiais feitos para eReader no lugar de cadernos e livros tradicionais. Isso encoraja os alunos a interagirem com o conteúdo, fazerem pesquisas e participarem de discussões.

O site canadense para professores de educação física ThePhysicalEducator.comlançou uma série de posters com QR code. Quando estudantes escaneiam o QR code, eles se conectam automaticamente a um vídeo do Youtube demostrando a habilidade/exercício listado no poster. Uma forma de interagir na aprendizagem de forma diferente e divertida.

A força dos aplicativos

CourseSmart eTextbooks para Android, iPad e iPhone app permite que estudantes acessem seus livros didáticos, leiam e façam anotações virtuais.

 

A sabedoria das multidões – Crowndsourcing

One Billion Minds é uma platforma inovadora que conecta estudantes/universitários do mundo todo para resolverem problemas de empresas/instituições que buscam soluções para problemas reais. Há grandes prêmios para os colaboradores.

Estudos desenvolvidos pelos alunos no Grupo de Estudos Inovadores ESPM

Transmidia e Storytelling

Empreendedorismo Digital: Startup ou empresa inovadora?

Crowdsourcing

Monitoramento e Métricas em Redes Sociais

Gerenciamento de crises em redes

Escrevendo este texto, lembrei-me de um antigo artigo intitulado:

Ensine menos e aprenda mais

Em tempos em que a fonte do conhecimento passou a ser a internet  e não mais o professor, Gil Giardeli traz uma reflexão sobre as mídias sociais e o futuro da educação no País. Veja mais!

O pensador Mark Prensky disse: “A fonte do conhecimento não é mais o professor, mas a internet. A educação mais útil para o futuro não está acontecendo na escola. Está acontecendo depois da escola, especialmente em clubes de robótica e na internet como um todo – está acontecendo nos games.”
Dito isso, vivemos o fim de salas de aulas com espaços geográficos definidos e aulas cronometradas? Como a escola supera o tempo e o espaço, em um mundo imediatista? Como prepararemos as pessoas, para um mundo onde as profissões mudam radicalmente a cada cinco anos? O formato atual da escola ajuda a escolher o futuro de promissores alunos?

Não é a hora de cidadãos globais e conectados encontrarem a educação progressista? “As escolas deveriam ser lugares para se aprender, e não para se ensinar. Em vez de isolar os estudantes, as escolas deveriam encorajá-los a colaborar”, escreveu Don Tapscott no livro “A hora da geração digital”
O educador Jeffery Bannister alfinetou sobre os modelos de educação seculares: “Professores que leem anotações manuscritas e escrevem em quadros negros, assim como alunos que anotam o que eles dizem. Esse é um modelo pré-Gutenberg.”

Eric Mazur da Universidade de Harvard afirma: “Educação é muito mais do que mera transferência de informação. A informação precisa ser assimilada. Os alunos têm de conectar a informação ao que já sabem, desenvolver modelos mentais, aprender a aplicar o novo conhecimento e adaptá-lo a situações novas e desconhecidas.”

Recentemente fui convidado para palestrar para 300 educadores do Grupo “Salesianas” um grupo que reúne dezenas de escolas no Brasil. Administrado por irmãs católicas, que acreditam na educação como grande motor para o futuro.

A educadora Irmã Raquel, abriu o evento e fez um rico paralelo com o livro “Modernidade Liquida” de Zygmunt Bauman, proclamando ”Vivemos um tempo que exige repensarmos velhos conceitos. Dar novas formas ou enterrá-los.” Irmã Raquel, convocou suas amáveis educadoras para dar autonomia, ou seja, independência moral e intelectual para os alunos. Para ensinar que alunos devem desde cedo entender o ato de governar a si mesmo, por meio da autonomia do pensar.

“Professores devem ajudar o outro (aluno) a ser autônomo e Genial.. O professor deve ensinar o que significa coletivo e comunidade – em um mundo onde a individualização reina. Ensinar que a tolerância é tolerar o intolerável – em um mundo onde pessoas morrem pela sua opção sexual, religiosa ou politica. (Irã, Afeganistão e Cuba). Ensinar valores inegociáveis neste mundo, como ética, amor ao próximo, gosto pelo inovar e o pioneirismo.” Esta foi a fala da educadora.

Após ricas discussões, sai de lá com vários questionamentos. Acabou a fase, da aula cronometrada em espaços concretos. O espaço escolar, espalha-se pelo blog do professor, Facebook, Orkut, Twitter, redes sociais dos protagonistas da educação?

Educador

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